Na escuridão da incerteza
brilha a luz da esperença
como um farol, indicando o caminho
no final do tunel de um sonho ruim
sonho que voce quer acordar,
mas é nele em que você vive.
A realidade parece sufocante
um retrato preso em uma moldura,
escondido atras de um espelho.
que verdades ocultas existem nas bordas?
até onde a imagem refletida nesse espelho é real?
se olhar de perto, por tempo suficiente
ela se distorce, no limiar da sanidade.
quase toma vida. quase palpável.
escuto risos. olho em volta,
todo mundo rindo, acho graça.
tento achar o motivo da graça, tambem rio.
de repente fica claro
estão rindo de mim!
a visão fica turva, os risos soam distantes.
acho que vou apagar! ou será que estou despertando?
desse sonho em que hora sou espectador e protagonista.
até onde a mentira que me contaram virou realidade?
começo a acreditar nela.
estou me separando do meu ego e perdendo consciencia.
pessoas mortas me parecem proximas e as vivas se distanciam.
o meu subconciente esta brincando comigo,
dançando valsa em uma noite de luar escarlate,
entre as arvores, sussurrando o som da floresta
duas crianças dançando com pés descalços.
tento me agarrar na realidade que me resta,
como agarrar uma manta que me aquece em noites frias.
embebido no tenebroso arrepio do ar frio da solidão.
doce beijo da gélida morte; abraço quente da ríspida vida,
que me bate na cara, mas instintivamente, opto por ela.
ainda estou vivo.
PS.:Dedicado a meu amor que nunca esteve presente em minha vida.