FENÔMENO PASSAGEIRO
(Jairo Nunes Bezerra)
Do céu águas se precipitam sobre a terra,
E a verde mata ávida de sede as absorvem totalmente...
Isso acontece raramente e logo se encerra,
Deixando o espaço seco, incandescente!
O calor precipitado volta à sua rotina,
Transferindo os passantes para regiões ventiladas...
Cuido de minha retina,
E transfiro pra noite os meus passeios pelas estradas!
O luar belo e ampliado doura a minha providência,
E do calor a incidência,
Transforma a minha tristeza em infelicidade!
Nada mais altera o meu viver,
Com as penitências regresso a conviver,
Driblando os prenúncios de minha idade!