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“ Não quero e nem posso me acostumar com os excessos de mortes. Filhos de pessoas boas, caracteres destemidos, as crianças provavelmente não estavam com medo ainda na amurada do veleiro e não choravam durante o sono, tremendo nas gengivas os incisivos, singrando o mar Egeu.
Mas, talvez inconsciente, no jardim das margaridas rupestres, os sons de choro e o brilho das lágrimas escolhidas rompam a fragilidade da defesa lamentando as pequenas gargantas tímidos cicios de horror. Ali, nesse compartimento escuro, se algo farfalhando nos ramos tocar a pele - “Não tenha medo!” Essas sombras enfrentam crianças acarinhados nos pálios de violência desmedida.
Mas, na verdade, não acredito que haja quem ache bobagem e diga que todo o horror é linha excessiva, toda a música não é explicado nas notas imersas nas águas escuras das rajadas curtas enviadas como uma rosa com amor. Tudo vai acabar bem, se bem que misturando os nomes e as datas com o som das teclas do piano alemão executado numa gondola sobre os canais de Veneza para satisfação do mouro vencedor.”