Em cada pira que se acende,
na ara santa do meu peito,
templo sagrado do seu amor,
há o esforço para cumprir a finalidade:
trazer num holograma cabalístico,
em impulsos, a visão da sua imagem distante.
Então, serei o sacerdote fatídico,
que com zelo nas versadas artes,
acende na pira de altar sagrado
a chama do incenso odorífico,
buscando amealhar fluídos bons.
Sonhando com um holograma cabalístico,
impulsos da visão da sua imagem distante.
De arrebatada figura,
sou altivo, sou forte,
não carrego lutos e mágoas,
até um dia enganei a morte,
na sua faina de colher almas
e renasci.