Poemas : 

Trincheiras

 
Trincheiras
 
Gravo na pele a intemperança,
São marcas do tempo e mágoa.
Dos olhos nascentes de água,
Na boca um riso que se cansa.

Trago no corpo o fel e o veneno,
Trincheiras cavadas pelos anos.
A defender-me dos desenganos,
Das paixões e amores pequenos.

Caminho sozinho e até sem rumo,
Remoendo os erros que assumo,
Tragando amargo que vem na boca.

Sufoco esperanças de dias floridos,
Cubro-me à noite de tons doridos,
Vagando na madrugada fria e louca.

 
Autor
arturmacedo73
 
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