Ainda estou em Tegucigalpa, onde me levaram as asas do destino após ter saído de Cabul. O sol impiedoso castiga as áreas cultiváveis preservando porém o cérebro dos bebês assolados por doces cuidados paternais. Na borda do lago, uma lembrança, um consolo da amargura frágil do mundo de sonhos, quando então se pode voar esquecendo as outras emoções da vida e procurando pelo balão mágico.
Pura fantasia compartilhada com os amigos cujas mãos seguram e balançam o berço esplêndido, inspirando desejos de deitar-se eternamente à sombra do olmo e à luz do Dom silencioso. Da interpretação teleológica do primeiro verso veio que o celular pode ser proibido para alunos da escola fundamental posto que hilariantes e inesperadas vindas proporcionam o conhecimento sem sequer uma saudação ou alusão ao mau tempo.
Eu, que sempre costumo assobiar quando faz bom, tempo passei a apreciar a luz mágica, principalmente agora que havia um monte de tempestades assombrando quem se prepara para a vida no mar. A multidão deslocou o eixo geométrico do barco prejudicando a estabilidade e flutuabilidade ocasionando entre outros problemas, a imensa tristeza de não poder, ao menos mais uma, vez tecer doces devaneio entre as lembranças de um sobrevoo no sonho de atingir novos horizontes ingressando num primeiro mundo sem amarguras.
Sim, porque das amuradas lotadas e pelas escotilhas abaixo da linha de flutuação jorravam sonhos bonitos e alvíssaras da existência terrena, quando a lua orava e o mundo inteiro se transformava em um templo iluminado pela luz prateada. Desse modo, vocês vão dizer que não conheciam tempestades ou mau tempo, enquanto eu reafirmo que acredito piamente na felicidade terrena, com ou sem as dúvidas amargas.