O mundo é um lugar cruel
Choramos pelo filho que perdemos
Pela esperança que se foi
Levado pelas águas da tristeza.
A esperança que tinha calças azuis
Como das águas que o banharam
O vermelho da blusa
Como um coração a sangrar.
Não há explicação para a dor
Que causa em nós o desalento
Sonhos que se desfazem no amanhecer
Da esperança que se vai.
A democracia mata
Elimina qualquer esperança
Que na vida possa ter
O sonho de uma criança.
Choro a dor de uma vida
Entre milhares que se foram mar adentro
Não há lugar no mundo
Que sufoque essa tristeza!
Quando não há razão para sorrir
Só o silêncio pode falar por mim!
Poema: Odair José, o Poeta Cacerense