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ALGUÉM COMO TANTOS

 
Sou autor e também obra,
versos que falam de mim.
Rima infeliz que me cobra,
luz no escuro sem fim.

Desilusão e esperança,
sou criador, criatura.
Homem, jeito de criança,
sorrio com amargura.

Vivo recluso, alma voa,
busca um alguém para amar.
Sou rude e choro à toa,
navego longe do mar.

Enfim, alguém como tantos,
meio Poeta e vilão.
No corpo, desejos santos,
sou cópia de um coração.


" Quando Poeta, sou livre para voar, junto aos meus versos, rumo ao infinito. "

Télio Diniz

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Teli
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