Ouço o cochicho da chuva,
me sugere carinhos mansos,
nossas mãos quentes,plenas
de ternura na partilha dos
desejos cultivados, armazenados.
Calor que provoca arrepios,vibrações
que confortam o frio provocado
pela ausência dos corpos,
no encontro das almas amantes.
A chuva já não sussurra, grita.
Forças da natureza, como um
corcel, invadindo o aconchego
do meu quarto.
Recompensa da longa espera, de
tanto guardar-me.
Aqui onde nunca estivestes,se
faz presente.
Em minha cama a ofegar em meus braços,
entrelaçamo-nos; sonhos dentro de sonhos,
realizam-se num espiral de emoções.
Guardo-te em meu ventre, pois em meu coração
sempre ocultei-te.
E tudo se faz PrAZer.
Cleo Moreno