Na dança do tempo rodei,
meus sonhos, a vida apagou.
Pensei ser o tal, me enganei,
hoje sei que nada sou.
A chuva fina que cai,
se junta com todo o pranto,
que dos meus olhos não sai.
Na minha voz, mudo canto.
De nada mais acho graça,
estou vencido, entregue.
Num banco velho da praça,
a desilusão me persegue.