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A NINFA - soneto tredécimo

 
Tags:  SONETOS 2014  
 
A NINFA - soneto tredécimo

Como mentira muito bem contada,
Lhe escuto o arrazoado e lhe pondero,
Que metade de nada não é zero;
Que, só e simplesmente, nada é nada!

Mas ela me argumenta:--"Conta errada!
A vida, por vazia, no exagero
Tem a única grandeza que enumero
Cuja metade fora computada".

"É a quota de prazer que nós todos
Nos permitimos quando o corpo pede
Seja isso cio, sono, fome ou sede".

"Por isso me saciei de muitos modos
A despeito do fado e até da estrada"--
Diz quase tudo, mas é quase nada...

............................................


Ubi caritas est vera
Deus ibi est.


 
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RicardoC
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Enviado por Tópico
RicardoC
Publicado: 01/09/2015 11:31  Atualizado: 01/09/2015 11:31
Usuário desde: 29/01/2015
Localidade: Betim - Minas Gerais - Brasil
Mensagens: 4972
 Re: A NINFA - soneto tredécimo
Saudações, luso-poetas!

Concluo, destarte -- com a publicação de A NINFA - soneto quatridécimo -- a coroa de sonetos que me propus a apresentar a vós-outros.

Agradeço a todos que acompanharam a série lendo e comentando os sonetos. Espero, sinceramente, que ela não tenha sido apenas obra de um virtuosista aprendiz e sim um entretenimento honesto e reflexivo. No fundo, penso ser exacto isso é o que se espera de qualquer narrativa, i.e., que os personagens nos permitam nas situações que vivenciam a projeção de nossos sentimentos e pensamentos.

Mesmo sendo pura ficção, acredito que a historieta dessa NINFA pós-moderna lance luzes sobre o estranhamento que temos quando se conhece alguém que não busca o amor no encontro humano e sim a satisfação de curiosidades e experiências.

É isso.

Abraços, Ricardo Cunha.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 01/09/2015 17:48  Atualizado: 01/09/2015 17:48
 Re: A NINFA - soneto tredécimo
*destaco:
"É a quota de prazer que nós todos
Nos permitimos quando o corpo pede
Seja isso cio, sono, fome ou sede".

Incrível!
Abraço
k*