Como ocultar a luz que brilha,
Intensa e sublime em nossas faces,
Conter o riso que dá cor às manhãs,
E pinta de azul o nosso enlace?
É privar a terra do vigor da aguada,
Negar ao faminto o pedaço de pão,
Apartar os bichos que tremem de cio,
Como ante ao ciclo divino, dizer não.
Deixemos escorrer entre os dedos,
Danem-se os pudores e os medos,
Que demos as mãos à palmatória.
Entreguemos dignos o amor sentido,
Sorvamos o néctar do fruto mordido,
Então escreveremos uma linda história.