“ De um fidalgo ao serviço me pusera
Minha mãe, quando o pai meu devastara
Fazenda e a própria vida com mão fera.
“D’El-rei Tebaldo eu na privança entrara:
Vendia os seus favores fraudulento;
Sofro a pena do mal, que praticara”.
A Divina Comédia - Canto XXII
Sentimento paterno, não venha dizer que o teve obstado,
teria sido tão exequível acolitar no dia-a-dia a [minha]infância.
Então, o melhor a fazer é ainda não se arriar do tablado,
sou apoiador de que perpetue mantendo mesma distância.
Jamais fui-lhe imputado filho, [para mim] é um estranho,
assim é nova e como assoma essa tam repentina mudança.
Falsa soa a voz, diante do balismo das mãos me acanho,
seus gestos não refletem emoções, nem mesmo fiança.
Minha voz é ríspida, [eu sei], mas estou cravado no chão,
por mim, pode morrer e transformar-se em pó então;
apenas se sente mal e quer poder consertar o passado.
Rejeito esse destino cruel que me foi reservado na vida;
mantenha o gelo em suas faces, sequer diga agora um ai;
apenas se deitou com minha mãe. Não conheço meu pai!
[ continue no palco
a interpretar
essa opereta bufa.
.
.
.
.
.
.
.
.
Poderá
até
receber aplausos.....
de incautos.
.
.
.
ahaaaa....
]