Sonetos : 

soneto do pai arrependido

 
“ De um fidalgo ao serviço me pusera
Minha mãe, quando o pai meu devastara
Fazenda e a própria vida com mão fera.
“D’El-rei Tebaldo eu na privança entrara:
Vendia os seus favores fraudulento;
Sofro a pena do mal, que praticara”.

A Divina Comédia - Canto XXII



Sentimento paterno, não venha dizer que o teve obstado,
teria sido tão exequível acolitar no dia-a-dia a [minha]infância.
Então, o melhor a fazer é ainda não se arriar do tablado,
sou apoiador de que perpetue mantendo mesma distância.

Jamais fui-lhe imputado filho, [para mim] é um estranho,
assim é nova e como assoma essa tam repentina mudança.
Falsa soa a voz, diante do balismo das mãos me acanho,
seus gestos não refletem emoções, nem mesmo fiança.

Minha voz é ríspida, [eu sei], mas estou cravado no chão,
por mim, pode morrer e transformar-se em pó então;
apenas se sente mal e quer poder consertar o passado.

Rejeito esse destino cruel que me foi reservado na vida;
mantenha o gelo em suas faces, sequer diga agora um ai;
apenas se deitou com minha mãe. Não conheço meu pai!







[ continue no palco




a interpretar

essa opereta bufa.
.
.
.
.
.
.
.
.


Poderá
até
receber aplausos.....
de incautos.
.
.
.
ahaaaa....
]

 
Autor
shen.noshsaum
 
Texto
Data
Leituras
541
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.