Encarcerado
Os dias são feitos de medo
de um granito frio e duro
pujança do aço é o enredo
que esmaga o coração impuro.
A mistura de sangue e lágrimas
que escorrem na pedra quente
que destrói a alma da gente
e dissolve como sal nas águas
estalando feito correntes.
É o tempo que mata as verdades
Que nos olhos gotejam ardentes
e na dor infinita é a saudades
que vagam nos vales da almas
tão sofrido coração que sente.
Quanta espera inútil e encarniçada
o corpo dobrado enfim
e uiva com a voz esganiçada
chora, pois é o fim da sua jornada
sente que chega a hora do seu fim.
Alexandre