Da Casa Sagrada, ao revés fulgiam réstias, derradeiro abrigo,
sob a’miga sombra postada de áureo carvalho assim vetusto.
Tranquilo o lugar, era pacífica a senda que conduzia um amigo
nela Santuário encontrava, repousava-se alí sem nenhum susto.
Mais acolhedor qu’o castelo do Burgo, singelo teto de palha,
contrasta ela com as altas montanhas que lhe fazem o fundo.
Sem ameias, nem beiras, não ostentando sequer el’a cisalha,
dissonante de nebulosos cumes, livre é d’abismo profundo.
Pôs-se o Sol há muito tempo, cumprindo a sina em movimento,
então, mais uma Noite desceu ao abrigo das rajadas de vento,
e quem diz lá que sempre haverá uma cadeira vazia não erra!
Casa Sagrada! Cinge a distância como as bordas d’horizonte,
refúgio tranquilo, salvaguardas, para os sentimentos a ponte;
de teu âmago brotam as fianças como se do útero da Terra.