Sonetos : 

A NINFA - soneto nono

 
Tags:  SONETOS 2014  
 
A NINFA - soneto nono

Porque o corpo desnudo bem revela
Exacto quanto d'alma mal se oculta.
Desconhecer-se é típico de estulta
Mentalidade em íntima procela...

Assim, quem o prazer à culpa atrela
Uma alheia alegria já lhe insulta.
Hipócrita, o culpado apôs se indulta
De faltas cometidas junto d'ela!...

E ria às gargalhadas dos coitados
Que a desejando a julgam n'um complexo
Onde se adora amor e se odeia sexo...

Murmura de amargura:--"Recalcados!
É bem mais fácil ter, se se acredita,
Uma verdade um pouco mais bonita".

..........................................


Ubi caritas est vera
Deus ibi est.


 
Autor
RicardoC
Autor
 
Texto
Data
Leituras
837
Favoritos
2
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
28 pontos
6
3
2
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
RicardoC
Publicado: 27/08/2015 15:23  Atualizado: 27/08/2015 15:23
Usuário desde: 29/01/2015
Localidade: Betim - Minas Gerais - Brasil
Mensagens: 4972
 Re: A NINFA - soneto nono
Encontrei aqui no luso-poemas a experiência da autora Ebernise com a seguinte interligação:

http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=60230

Sua coroa é uma exaltação lusófana onde se promove o exercício de glosar o mote dado pelos versos dum soneto geratriz escrito por ela para que cada participante da oficina literária que a mesma promovia pudesse oferecer ao fim uma obra coletiva, grupal.

Convido a todos a conhecer a experiência dela e a continuar acompanhando a presente coroa A NINFA.

Abraços, Ricardo Cunha.

Enviado por Tópico
RicardoC
Publicado: 28/08/2015 12:36  Atualizado: 28/08/2015 12:36
Usuário desde: 29/01/2015
Localidade: Betim - Minas Gerais - Brasil
Mensagens: 4972
 Re: A NINFA - soneto nono
Recomenda-se reler cada soneto à medida que os demais são publicados, a fim de que se possa entendê-los em conjunto. Ao final, publicarei a COROA toda junta com esse fim. Abraços, Ricardo Cunha.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 29/08/2015 01:17  Atualizado: 29/08/2015 01:17
 Re: A NINFA - soneto nono
*reli desde o início, uma história e tanto!
esse fecho aqui me fez divagar: uma verdade nada mais é o que se acredita, o que não significa ser a verdade do outro...
vou correndo ler o próximo!rsrsrs
abraço
k*


Enviado por Tópico
RicardoC
Publicado: 01/09/2015 11:30  Atualizado: 01/09/2015 11:30
Usuário desde: 29/01/2015
Localidade: Betim - Minas Gerais - Brasil
Mensagens: 4972
 Re: A NINFA - soneto nono
Saudações, luso-poetas!

Concluo, destarte -- com a publicação de A NINFA - soneto quatridécimo -- a coroa de sonetos que me propus a apresentar a vós-outros.

Agradeço a todos que acompanharam a série lendo e comentando os sonetos. Espero, sinceramente, que ela não tenha sido apenas obra de um virtuosista aprendiz e sim um entretenimento honesto e reflexivo. No fundo, penso ser exacto isso é o que se espera de qualquer narrativa, i.e., que os personagens nos permitam nas situações que vivenciam a projeção de nossos sentimentos e pensamentos.

Mesmo sendo pura ficção, acredito que a historieta dessa NINFA pós-moderna lance luzes sobre o estranhamento que temos quando se conhece alguém que não busca o amor no encontro humano e sim a satisfação de curiosidades e experiências.

É isso.

Abraços, Ricardo Cunha.

Enviado por Tópico
RicardoC
Publicado: 01/09/2015 11:30  Atualizado: 01/09/2015 11:30
Usuário desde: 29/01/2015
Localidade: Betim - Minas Gerais - Brasil
Mensagens: 4972
 Re: A NINFA - soneto nono
Saudações, luso-poetas!

Concluo, destarte -- com a publicação de A NINFA - soneto quatridécimo -- a coroa de sonetos que me propus a apresentar a vós-outros.

Agradeço a todos que acompanharam a série lendo e comentando os sonetos. Espero, sinceramente, que ela não tenha sido apenas obra de um virtuosista aprendiz e sim um entretenimento honesto e reflexivo. No fundo, penso ser exacto isso é o que se espera de qualquer narrativa, i.e., que os personagens nos permitam nas situações que vivenciam a projeção de nossos sentimentos e pensamentos.

Mesmo sendo pura ficção, acredito que a historieta dessa NINFA pós-moderna lance luzes sobre o estranhamento que temos quando se conhece alguém que não busca o amor no encontro humano e sim a satisfação de curiosidades e experiências.

É isso.

Abraços, Ricardo Cunha.