O espelho de uma pequena vida.
O que quero esconder
Mas que teima aparecer.
Quero acreditar que não existe nem nunca existiu.
Prefiro fingir.
Fazer de conta.
“Essa não sou eu...”
“Essa nunca fui eu...”
Infeliz , meu inimigo, meu espelho
Que não posso partir..qual sete anos de azar?
Nunca parti algum
E bem que me posso queixar!
Queria destruir tudo o que me diz quem fui ou sou
Porque hei-de ser o que me dizem imagens ou frases?
Não serei eu maior que tudo isso?
Não seremos todos nós superiores
Ao que é terreno e banal?
O ser humano é poesia...
não tem um só significado...
cada um interpeta como lhe querem os olhos fazer parecer,
nem o poeta pode afirmar o que está por detrás de cada palavra...
porque cada palavra é um sem número de sentimentos,
de imagens, de outras palavras, de pensamentos...
E não quero mais espelhos...já bastam os da sociedade.
Não quero fotografias...
Frases ditas, lidas e relidas.
Não quero ser produto pré-cozinhado.
E se perguntarem “quem és tu?”
Respondo “ sou o que os teus olhos quiserem ver, o que os meus quiserem dizer, e um cruzar de todos os olhos presentes ou longinquos”
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