A SILENCIOSA VOZ DAS COISAS
Autor: Carlos Henrique Rangel
Ainda que eu falasse
Das injustiças do mundo
Que eu falasse da opressão
Muito mais dizia
Sobre a beleza
Que floresce no que somos.
Ainda que restos de glórias passadas
Ainda que solitária prova do efêmero
Eu sobrevivia como símbolo do belo
A perfeição almejada na imperfeição.
E então,
O ódio e a ignorância
Apressou o fim
De tudo que tem fim.
Restou o silêncio do vazio
A amnésia...
O mundo menos belo...
Menos sábio.
Chorando Palmira - Síria...