Reviro tralhas de desejos fúteis,
Não te darei mais que as sobras,
De todos mimos que me cobras,
Que alimentam vaidades inúteis.
Os afagos em dialetos estranhos
Holofotes pras sombras da alma.
É o febril desejo que te acalma,
Num contemplamento tão tacanho.
Mas a César o que lhe pertence,
Torne-se teu anseio satisfeito,
Que lhe caiam milhares aos pés.
Talvez criança, um dia penses,
O tempo destrói o que é perfeito,
E revelará o que realmente és.