Profunda e Plena
Eu que não tenho do mundo as mãos
mas a indiferença presente na vida
que aqui neste universo de miragens
esconde-se em uma orgia de paixão
por um pouco de fome ou vontade
dos teus lábios de maldades.
Em tudo que eu piso... fantasia
é irrealidade dos pés a cabeça
e por pior que tudo me pareça
a noite findará e surgira o dia
mas antes que o dia amanheça
em teus olhos cor de fogo
tudo começara de novo.
Eu fui embriagado pela tua poesia
bicho solto em ninho de serpentes
e a tua falsa alegria contagia
minha irreal realidade inocente.
Não me digas que faço cena
que minha vida vale à pena
eu não quero sexo ao acaso
as flores que estão no vaso
murchas... e serenas
são como a minha melancolia
profunda e plena.
Alexandre