A HIDRA
Há relatos de insólita criatura
A habitar os abismos mais profundos.
Ao que, arisca, de tais obscuros mundos,
Bem raramente emerge à luz pura.
Não obstante, ela está sempre à procura:
Silentemente, co'os seus olhos fundos,
Vai espreitar os pobres moribundos,
Que antes envenenara à noite escura.
Atenta, ela os vê cair e se aproxima
E espera a escuridão tudo envolver
Para lhes devorar o imóvel ser.
Desce -- deixando restos cá em cima,
Conquanto em apetite igual dizime --
Satisfeita consigo e com seu crime
Betim - 09 10 2013
Ubi caritas est vera
Deus ibi est.