Ouço o cavalgar macio das luzes confusas
vindo do infinito escuro, horrendo, funesto.
Aprecio o gole amargo do som amoral, desonesto;
oriundo das psiques, das mentes más, difusas.
Vejo imagens desbotadas de corpos numa eclusa
gigante, separados do todo, do resto,
comendo gemidos da alma, bebendo o arresto
da súplica derradeira, pedindo escusa.
Presencio disputas gratuitas, bem desleais,
onde os troféus erguidos são frágeis, esguios,
macabros, fruto ácido do desamor, de vil ideais.
Testemunho um cotidiano sem provisões
animadoras, esperançosas, sobram desvios
de conduta e apologias às vilanias e prisões.
UM SONETO SIMBOLISTA ONDE ABORDO AS DISPUTAS PROTAGONIZADAS POR NOSSA MENTE.