Tempo vazio em que a poesia distante
Vela-se o passado que a dor é saudade
Presente no ar que se respira o instante
Da cor do desejo que chora sua metade
Universo agora presente real e cintilante
Reluz o brilho em toda a sua claridade.
Olhar que revela o que está mais adiante
Em cada verso um vislumbre da eternidade.
Refém do sonhar pelo interior da madrugada
Em que o acordar é ausente de cor e encanto
Quando além horizonte um coração é morada
Verdade e encontro que findam todo o pranto
Que seja feliz e livre a vida tão esperada
Almas que vão além do impuro e santo.
Murilo Celani Servo