vis-à-vis ao espelho,
- no centro do quarto -
sem disfarces,
roteiros,
arranco máscaras,
fantasias,
dispo-me
sem subterfúgios...
surpreendo-me:
sou um pobre
bicho nu,
cheio de grilos,
solidões,
espantos,
encantos,
recordações...
a boca,
a face,
arregalam
g a r g a l h a d a s;
no corpo
a linguagem do tempo,
no tempo,
um Deus velho...