<br />Mercêdes Pordeus
Recife/Brasil
Buscam incessantemente pelo vilão ouro
Esquecem que seu tilintar pode vir a ser estouro
Interiorizam, bem como os filhos que crescem
Tendo como exemplo aquilo que percebem
Esqueceram de lhes ensinar que o peso do ouro
É fruto do que se planta para o tempo vindouro
Guardar no coração e como legado transmitirem
No futuro, aos que terão nas mãos a direção da Nação
Porém, por quê por no ouro, o peso do mal duradouro?
Vilão? Sim, mas culpado por isso? Talvez não.
Se é inerte e se pelo homem é mal manipulado.
Dizem que nem tudo que reluz é ouro.
Eu diria ainda, que nem sempre o que é ouro reluz
O brilho do " metal "depende de quem o manipula
A sociedade consumista investe no metal sem vida
Esquece dos valores interiores que brilham
Que enriquecem a vida do ser humano na medida
E que tornam seus filhos humanos e gritam
Gritam pelo amor, paz, que justiça seja concedida
Isso não quer dizer que ao ouro não seja dado o valor
Mas, um valor na medida em que saiba se impor
Quem não gostaria de uma linda peça em ouro?
Se até simboliza a aliança entre os homens.
Isso não tornaria ninguém desumano
Porém, saber fazer bom uso, é necessário
Reconhecer que a maior herança e tesouro
É plantar no coração da família e dos amigos
Os valores morais, imensurável, riqueza verdadeira
E o resto? O resto é adorno...
Publicado na 1ª Antologia Literária do Grupo Ecos da Poesia “O FUTURO FEITO PRESENTE, (2005) apoio do Jornal Mundo Lusíada e Casa de Portugal em S.Paulo. ISBN 85-9051170-1-2
Mercedes Pordeus