Poemas : 

Albertina

 
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Albertina

Albertina!
Queria fazer-te uns versos
Ridentes como o sol da primavera
que dissessem um pouco
do teu sorriso louco
Do teu olhar cheiinho de quimera...
Do teu passo miúdo, saltitante.
Sobre róseas estradas...
Da tua boca voltada para o sol
em francas gargalhadas!
Que fossem contigo vida fora
a espalhar saudades
e tal como agora
quem os lesse
visse neles preciosas verdades.

Mas as musas caídas no caminho
morreram ao sol por
E os versos saíram sem beleza
sem sombra de frescor...

O teu curso terminou...
Eis que te vais de lábios a sorrir
a novos horizontes
risonha, confiada
Quantos sonhos tu levas
suspensos nesse olhar
de criança mimada!

Quedo-me toda a meditar
na menina que és
E sinto uma vontade quase grande
de lançar com meiguice
um brinquedo a teus pés...

... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...

Deus te dê a ventura sonhada
nas curvas do caminho...

Maria Helena Amaro
1958

http://mariahelenaamaro.blogspot.pt/2015/08/albertina.html
 
Autor
amacsequeira
 
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