Sonetos : 

EMPAREDADA

 
Tags:  SONETOS 2013  
 
EMPAREDADA

Nada podem as mãos contra o concreto
E os gritos que jamais alcançam um.
Resta apenas, sujeita à lei comum,
Ser reduzida rápido a esqueleto.

De parede à parede, chão ao teto,
O espaço não lhe dá conforto algum.
Devora-se, por fim, em vão jejum,
Vítima d'algum péssimo projeto.

Estranho é que a razão de tal clausura
Fora justo a esperança libertária,
Perdida em meio à noite mais escura.

E a pena que ela cumpre feito pária
Tão-só prolonga a angústia em que figura,
À espera d'uma morte solitária...

Betim - 30 08 2013


Ubi caritas est vera
Deus ibi est.


 
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RicardoC
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Enviado por Tópico
Vania Lopez
Publicado: 15/08/2015 03:33  Atualizado: 15/08/2015 03:33
Membro de honra
Usuário desde: 25/01/2009
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 Re: A EMPAREDADA
parabéns por esse soneto. bj


Enviado por Tópico
Vania Lopez
Publicado: 15/08/2015 04:21  Atualizado: 15/08/2015 04:21
Membro de honra
Usuário desde: 25/01/2009
Localidade: Pouso Alegre - MG
Mensagens: 18598
 Re: A EMPAREDADA
já disse uma vez: a morte é um de nós... seu soneto vai além.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 15/08/2015 09:40  Atualizado: 15/08/2015 09:40
 Re: A EMPAREDADA
Conforme o tempo passa, o nosso ser vai ficando velho, aos pucos iremos se despedindo da vida, onde as realizações se faz pelo destino, já que a morte é aquele caminho que todo nós seguiremos, ficaram somente os planto.