Este imenso vazio, Que minha alma tece de teia, em seu redor, em farpado arame. São tenazes de frio metal que padece, rasgando, cruel, de dor o ser, evo, por ditame...
Mas, alma, que lei te rege, insensatez ou demência? Que destino vilão tramas Ao espírito que sustentas? Que danado cão herege, De uma bendita dormência, O tentas? Porque das chamas, Ao corpo, ardem tão lentas?
Este profundo vazio Em meu coração dorido De mágoas acutilantes que lhe retiram vigor. São tenazes de frio Rasgando fundo bramido Do silêncio que sustentas, Acesas de tanto rancor.