Beijei-te à luz azul da lua
Em fenômeno cíclico e diário
A pele morena, suada e nua
Em fase prevista no meu calendário.
Outra luz entrava pela janela da rua
Piscando feixes incandescentes de néon
Nossas bocas borradas pelo rubro do batom
Os meus olhos vidrados na sexualidade tua.
O ambiente invadido por gritos e gemidos
Cabelos molhados em um balé fantástico
O movimento púdico, o momento mágico
Nas poses fantasiosas, no quereres preferidos.
Queda a lua no horizonte, as estrelas adormecem
Os corpos exaustos repousam em sedas e cetim
Vejo vestígios de ti pululando dentro de mim
Desponta o sol despertando as flores silvestres.
Gyl Ferrys