Liberto em ânsia o pensamento;
Ideais em poesias divulgados!
No peito tantos sonhos apagados
Com a força alinhada do desalento.
De amores ando assim isento,
Não por querer os ver de mim alados!
Mas os sentimentos jamais serão domados
Por quem não tem fé nem no alento.
Ao vento bramo os meus ais!
Caminho ornado de inocência
Pecadora em qualquer ventura!
Escrevo sempre mais e mais,
Numa qualquer ferida eloquência,
Sobre a minha consentida loucura.
Paulo Alves