João era um lavrador muito alegre e trabalhador.
Nos domingos tocava viola, na venda da estrada.
Em todas as quermesses cantava o leilão do gado.
Na semana formava café, com as mãos na enxada.
Tinha três filhos pequenos e um quase adolescente.
Sempre ajudava os vizinhos com aquilo que podia.
Tinha muitas amizades, benquisto por aquela gente
E assim ia levando sua vida, com bastante alegria.
Mas numa tarde, chegando da roça no final do dia,
Entrou na cozinha e tomou uma caneca de água fria
E de repente tombou morto, por um colapso fatal.
E na noite deste velório, não houve quem não sentia.
O filho mais novo, chamava o pai, sem crer no que via.
Eu perguntava a Deus se aquilo poderia ser normal.
Maringá, 13.01.08
verde