Poemas : 

A estrada do amor

 

Cartas despidas pelos teus olhos,
Palavras hiperbolizadas que vinham de macinho
ao teu sombrio ser para te agradar.
Pensamentos nus
Que falavam o teu idioma
Em quatro estações
Moldavam-se em versos nos poemas
No epicentro das rejeições.
O hálito do teu desprezo
Boicotava o meu tempo
Fazendo-me da solidão o pior dos presos.
Os elos da sintonia
Só eu sentia
A mente dos devaneios afluía melodias,
rimas que versavam em versos
Que pressentiam futuros
entre altares de véu
Até que um de nós trilhasse o céu.
O meu rosto tornou-se amargo
O meu desespero mas alargo
O meu sorriso ganhou nódoas
Sua indiferença deixou-me magro.
Deste os tempos até no fim deles
As conjunturas de incógnitas
Raspavam a minha alma,
Invadiam a minha morta alegria
Enrugavam o meu amor e outras cenas
Prologando torturas e dor nas noites frias.
O teu esmo efémero
Semeou furacões em mim
Que me matam e me devoram por dentro
Assim…. Assim….

Autor: Otildo Justino Guido (Lod)

 
Autor
Poemas&Amigos
 
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