Sente-se o vento
Nas ruas desertas
E naquele momento
Há janelas abertas
Abertas para a vida
Abertas para o mundo
E parou o vento
Naquele segundo
A janela fechou
O vento abrandou
E ela chegou
Chegou de mansinho
Entrou devagarinho
E tentou sua sorte
Naquele momento
Abriram-se as portas
Pensei que era a morte
Começou a chover
Fecharam-se as portas
As janelas também
Espreitei para ver
E não era ninguém
Não era ninguém
Naquele momento
A morte não era
Era só o vento