Tudo o que restou foi a lembrança,
Dos meus sonhos esquecidos de outrora!
Aos poucos esmoreceu a esperança,
Nos lençóis onde ainda se demora.
Nem no que sinto possuo confiança,
Me revejo em mim mas do lado de fora!
Duvidas onde a alma senta mas nunca descansa
Num tempo que passa mas não a hora.
Quando escrevo me dispo de existência!
Um "eu" é lançado ao sabor do vento,
Enquanto me vejo da janela do pensamento.
Hoje, escrevo no longínquo da consciência
Tantos poemas lá tenho de mim guardado
Enquanto outro "eu" os encontra e os tem rasgado.
Paulo Alves