As vestes rasgadas, os pés descalços, sangrando, empapado de suor e sangue, lá vai Ele...o maior dos fracassos: O senhor Jesus dos passos.
Olhai, lá na encosta do monte, essa cruz que se arrasta, se ergue e se esconde!
Um Divino Rei, a vai carregando. De coroa de espinhos, seu ouro de Lei, sem um queixume...vai chorando!
Mas, no mesmo instante, outro rei diferente em Roma, passeia. Vai num andor de animalária gente, olhando arrogante quem o rodeia. É César! De coroa de ouro e ricas pedrarias, vestido com sedas e bordados, entre membros do Senado, ao povo se vai mostrar...e, de "divino" se faz chamar!
Uma coroa de espinhos que é ouro espiritual e uma coroa de ouro que é o nosso espinho venal!
Jesus Cristo, humilde e apupado, morreria como homem e, como Deus, renasceria.
César, imponente e aclamado, queria ser um Deus e tampouco homem seria.
Mas, ou porque a grande lição não foi compreendida ou por fatal confusão, os Deuses foram trocados. Surripiámos a carripana de César e, utilizando os mesmos animais, fazemos hoje, tal qual ele fazia...e, nada mais.
Terrível confusão!
Na estafeta da Vida, a passagem do testemunho é de importância capital e, na corrida mais célebre da história, iniciada há 2015 anos entre os símbolos da Verdade e da Mentira, logo à primeira passagem do bastão, confundimos as pistas e, até hoje, fazendo o sinal da Cruz, corremos para César e não para Jesus.
Terrível confusão!
J.Barreto.