Que saudades tenho da lua
dos encontros pela noite
onde éramos uma companhia plena…
Trocávamos inspirações e alucinações
uivos e gritos tão intensos…tão nossos
abraçados aos cânticos das estações
que floriam e secavam em sintonia…
Quis o destino trocar as sintonias
afastar as partilhas…as inspirações
não questiono o caminho
choro a saudade suave
no aperto largo no centro do peito…
Limpo o olhar que agora brilha
noutros dias…com o sol a raiar
na inspiração calada com os ruídos
dos passeios estreitos e escuros
dos muros em silêncio
para aprender a reescrever na penumbra
de tudo o que me acontece sem luar…
Agora sem luar…nada está no mesmo lugar
nem voltará a estar…outro patamar
é aquele que não sei onde é o lugar
nem quero saber…
irei ao encontro de todos os lugares
esse será o espaço onde posso acenar
um adeus sem nunca parar
na saudade que comigo irá sonhar!
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...