Que me diz este vento do norte, rugindo tempestades de pavor, da minha alma perdida por aí? Decerto que o rugido lançado, as árvores nuas que se vergam e mares que se agitam, sou eu!
Amaina, vento norte, por favor! Sou tronco derrubado de ilusão, perdido em alta montanha sem luz. Por favor, vento norte, sustém a tua fúria sobre mim - lago seco que almeja chuva para renascer.
Que me diz este vento do sul, cantando melodias de brisa leve melodias de amores de sempre? Decerto que a brisa envolvente vem prenha de pujantes aromas de flores e sabores de mares!
Inebria-me, vento sul, por favor! Sou sedento dos licores de musas que me transubstanciem de poeta! Por favor, vento sul, cicia-me trovas das belas ninfas e sereias e, entre elas, novas de meu amor!