O nosso quarto, meu amor, o mais belo algures nesta cidade prenha de vida, onde, tu e eu, revigoramos os desejos e renovamos as juras eternas de amar.
Tem por chão, um tapete de grama verde, sulcada de pedra solta em mil arabescos, o tecto é forrado de um escuro negrume, pontilhado por mil filamentos de prata, como também de prata é o seu lustre aceso.
As paredes, são entre os naturais verdes e dos mil assimétricos esboços urbanos, permite-nos sentir fortes odores diversos desse amalgamado relevo tridimensional.
As janelas de nosso quarto são amplas, desenhadas por rio corrente navegado de fulas e fragatas ondulando ao vento, que libertam a suave brisa envolvente.
Por melodia de fundo, soa-nos distantes os ecos entrecortados de algum silêncio, que geram uma sinfonia caótica eterna, que nos é imposta, mas dela nos alheamos.
A nossa cama nupcial, um banco de jardim, ora em pedra polida, ora em madeira lisa, é eleito altar de nossos corpos enlaçados, que se olham, se tocam e se beijam, sem fim.