Porque canto eu mil trovas de amor? Que rabiscos cedo a folhas maceradas de palavras de engano? Porque me enamoro de musas, obtusas amásias de ocasião?
Se o amor se fina em laivos de dor, porque lhe teço eu teias de ilusão? Melhor seria que as mãos se me tolhessem, inertes. Que o meu ser perecesse vegetando de solidão.
Num dia funesto, sombrio, afirmei, tolo, que a saudade era um amor real distante. Que engano tão farsante! A saudade, não é senão uma eterna marcha fúnebre!