Se um perdão houvesse em todo este universo preferiria, juro, a morte a doar uma piedosa mentira e aquietar teus devaneios.
Perdoar é uma palavra vã, que não existe em meu ser, no meu coração farpado por mil lâminas temperadas no fogo do desprezo total.
Meus desejos vãos de amante são, somente, testosterona pura, jorrando lava mordaz, sobre o gelo fétido e mortal de cavalheirismos e paixões.
Pensar que existes, ou quem és, é uma réstia mental na sombra trespassada pela bruma traidora que se refugia na noite solitária fugindo da luz de um qualquer dia.
E as brumas vão e vêm, sorrateiras, pobres vapores tentando encorpar, numa imperfeição raiando a loucura. Perdoar... Jamais, não é o meu ser. Perdoar-te, seria o retardar lento da morte e a renovação da dor!