Por vezes fico do outro lado da linha
a observar a passagem do comboio
sentir o vento que o leva
auscultar as palpitações que o carregam…
Deste lado da linha não há passageiros
nem pressas…não há movimentos!
Quando parece que caí uma névoa
por entre ela pedaços de brilhos
cintilam num raiar de novidades contravindas…
Por vezes fico do outro lado da linha
e a cada novo descobrimento
arrebate-se em mim a célere vontade
de ficar deste lado até ao dia da eternidade.
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...