A minha mente continua deserta
De ideias ou ideais para além de ti,
Desde que nela foi plantada a tua imagem
Como tatuagem que reveste cada ínfimo
Detalhe de tudo...
Não só na mente me persegues
Em qualquer lado vejo a tua silhueta,
Sinto o perfume do teu cheiro...
Dou comigo a escrever o teu nome
Num banco velho de um parque
Sem que sequer note.
Terei roçado no limiar da loucura,
Ou no expoente da genialidade?
( nem sei ),
Já que por vezes és doçura
Que me coloca mel na boca,
Outras vezes és o sal da amargura
A cobrir cada minha ferida aberta...
Este amor que me atraiçoa
E ao mesmo tempo me liberta,
Me atira para debaixo de ser eu
Nem me reconheço mais
Em mim.
(Pureza de sentimentos?)
Duvido...
Tanto te procurei e ao te encontrar
Apenas lembrei que o que sinto ( paixão )
É apenas um vírus de uma doença ( amor )
Que nunca terá cura...
Continuo-te a amar...
Paulo Alves