Mergulho cego na infinitude do universo,
salto direcionado para a lida, brilho
palpitante de magia, verso, estribilho
de um Ato Divino, luz para um vivente imerso.
Ao nascermos, ganhamos rumo, voz, ato inverso
do fim, vivenciamos uma caminhada, trilho
sinuoso de alegrias, tristezas, descarrilo
perigoso, armadilhado, vil, controverso.
Procriamos, adoramos um Deus, renegamos
nossa existência, reagimos costumeiramente
ao meio, ao tempo, ao vento, sofremos, praguejamos.
Perdemos: juventude, formosura, cerdas,
vida; chegamos à morte, tranquilamente
atravessando, saltando, um esplendor de perdas.
ASSIM PASSAMOS A NOSSA VIDA, UM VERDADEIRO ESPLENDOR DE PERDAS.