Subterfúgio de ilusões de um mundo abstrato
Pela fuga do consciente que dilatam o olhar
À natureza viva em que a cor e o formato
Vivifica o desejo no caminho que o faz brilhar
Céu límpido que a imensidão azul em relato
Desenha pelo tempo a direção a se tomar
O amanhã que o intérprete escreve o seu ato
Com a intenção pura de sua alma se libertar
Do sonho que perpétuo ausente de liberdade
Débil em respirar pelo vazio que se perdura
Ao desconhecido que transcende a tempestade
Além de uma simples intuição do que é verdade
Com evasão a loucura em pró de sua cura
Em direção a vontade que mata a sua saudade
Murilo Celani Servo