Poemas : 

Meu caro Aleixo

 
Volta aqui, amigo Aleixo!
Olha bem para este mundo,
Nesse puro sem desleixo
Acorda o que está imundo.

Andam tantos a roubar
Outros matam sem razão,
Como se faz para parar
Do assassino ao ladrão?

A carrinha mal apita
Com o padeiro a passar.
O fato perdeu a chita,
Sem pedal para costurar.

Anda tudo remendado
Com as costuras p`fora,
É preciso um debruado,
Bem arrematado agora.

Volta cá meu caro Aleixo
Por aqui fiquei sozinha!
O que será deste trecho?
O mundo perdeu a linha.


Cristina Pinheiro Moita /Mim/

 
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