Eu nunca te enamorei, Foste mulher encontrada Pelo desespero faminto Dum solitário confesso. Eu jamais te desejei, Ou te disse: Minha Amada! Nada que disse já sinto - Palavras ocas de professo.
Dei-te, alguma vez, rosas, Cravos, jasmins, alfazemas? Beijei teu corpo inteiro, Bebendo fonte sedenta? Nomeei-te mais formosa Dedicando-te poemas? Não fui mais que aventureiro, navegando na tormenta!
Nada és, não te amarei, Colhendo-te tenra flor, Sonegando-te à nascença, Tua beleza ofertada. Nem por ti, nem deuses, nem lei, Me obrigará, de teu odor Inalar, Tal rude sentença perpétua... És a minha morte ditada!