Na ilha distante, terreno desértico, espaço ermético, ao sonho de infante, nasceu linda flor, pétalas ao vento, num vão lamento de esperança de amor.
Nos braços do amante, pobre poeta errante, sem já a sua musa, que na solidão usa, seu corpo sensual, e inspiração virtual.
Nasceu uma flor, irradiando a cor, tremendo de dor, clamando o amor... Mas, em desvalia, na inveja e poder, quem te amaria? Eu, apenas te ter, No sonho aberrante, duma posse delirante,
Nasceu uma flor, uma efémere vida, numa ilha perdida, sem glória ou valor. E nesta demência, morreu espezinhada, e por esta exigência, definhou, mal amada.