dos teus vitrais negros
erguem-se
sonhos
abrem-se em sôfregos
rasgos
em regatos
de corais
abrigam-se
na fronte larga
templos de lava
alteiam ouro vivo
trazem mimo contido
pelo horizonte alto
tochas de ébano
no intimo recato
trazem a claridade
do sorriso
nas taças acesas
das tuas
uvas fundas
e negras
túneis, onde
largas o vagar da chama
sem sono
dos teus faróis d'hulha
ergues
o sonho
Zita Viegas