Conta a história que na formação do Universo
surgisse um amor proibido,
que um dia fosse cantado em verso
e servisse de inspiração,
quem sabe, até ao Cupido.
Ele seria o astro Rei!
Seria motivo de alegria.
Quando aparecesse todo o Mundo sorria,
seria o Sol, bem sei.
Teria uma luz forte,
seria o símbolo da sorte
para muitas culturas,
seria um remédio de cura.
Ela viveria na escuridão,
seria motivo de poemas,
motivo de amor, de paixão.
Emitiria luz bonita e pura
mas seria frágil como uma pena.
Mesmo vivendo esse desgosto de amor,
mesmo dizendo "sou tua",
continua a dor
do romance do Sol e da Lua.
Hoje estão longe mas trocam presentes,
em vez de uma flor
enviam estrelas cadentes,
enquanto na Terra as casais namoram ao luar.
E enquanto esperam o dia em que se vão amar,
na Terra os namorados andam sorridentes,
enquanto passeiam no jardim.
E quando, finalmente,
se encontram, mesmo que por pouco tempo,
amam-se loucamente,
até que chegue o fim
e tenham de esperar
por um novo momento.
Esta bela história
tem uma lição bem legível:
Nunca existirá um amor impossível!
Não a apague da memória...
?storyid=245175 © Luso-Poemas