Meu Cavaleiro Andante
(de Lírio ao seu Amado Poeta)
Quero acreditar,
És tu quem eu espero,
Ardentemente.
Quem de mim tem a alma fértil.
E eu sou quem esperas,
Para quem voas veloz
No teu indócil alazão.
Sou a alma que vive de ti
E, somente, para ti!
Vens montado na eterna saudade,
de crinas espalhadas pelo céu azul
Como nuvens alvas de ventura.
E eu imóvel como um cervo
Que se sente frágil
Perante a captura iminente.
E como eu te amo…
Perigosamente…
Frenética…
Ansiosa…
E, assim, construímos
Nosso mundo, nosso reino,
Onde somos soberanos absolutos,
Como previsto nas estrelas…
És o meu cavaleiro andante,
que me salvas de mim mesma,
Insuflando vida em meu coração,
E eu sou o fogo eterno em teu peito,
Que te aquece, te anima, te dá força
Nos combates em reinos de terror
E abruptos abismos distantes!
A minha alma está prenha de ti.
Gero vida em cada suspiro,
Em cada gesto, em cada sorriso,
E elevo o meu espírito cativo
até à tua alma faminta de mim.
Toma-me! Abre o portão nobre
De meu castelo de princesa
com a chave forjada a fogo
na fornalha dos segredos
de amantes eternos!
Te farei meu leal cavaleiro.
Jamais seremos seres solitários.
Jamais a saudade nos separará!
Nunca… Porque te amo demais!
Poet@ sem Alm@
João Loureiro
Bósnia e Herzegovina, Julho/1999.
Lírio (Ljiljana)